Meio ambiente e projetos ambientais alternativos: compensação, educação ambiental e tecnologias disruptivas

“Todo mundo puxa brasa para seu assado.”

Esta foi a conclusão que cheguei e exemplifica o que tenho escutado em conversas nestas últimas feiras e em visitas a municípios que estão buscando saber mais sobre a tecnologia de biodigestão por ser uma solução viável para resolver o grande problema do lixo orgânico nas cidades.

Quem defende a natureza, que se preocupa com o meio ambiente, que preserva, que separa o lixo, que faz compostagem é chamado de “eco-chato” além de tantos outros adjetivos depreciativos que muito me entristece afinal de contas, quem está atento e mostra as agressões que as pessoas e empresas em geral cometem é apenas um sinalizador de que alguma coisa está errada na coletividade e na forma como vivemos: o que e quanto compramos, o que e como descartamos, o volume de resíduos que geramos, a falta de conhecimento sobre o destino e impacto do lixo mal tratado, os resultados econômicos pesando mais do que a preservação, etc.

Pensa comigo, quem está sendo realmente chato e inconveniente ? quem se preocupa com a natureza ou quem não está nem aí? quem está sendo verdadeiramente egoísta? Tudo o que eu faço impacta diretamente na saúde e qualidade de vida do outro, humanos e animais. São pequenas ações positivas ou negativas que constroem um determinado cenário. Por exemplo, quando me falam que não adianta separar o lixo por que os outros não fazem nada, o problema só aumenta. E por que aumenta, porque um saco de lixo, uma árvore cortada, mais outro saco de lixo misturado, outra árvore cortada e assim por diante, resulta numa montanha de lixo sem solução e numa área de terra degradada. MAS E SE…. cada um entender o quanto é importante a sua atitude positiva de se preocupar com o destino correto de tudo que descarta, resolver o máximo possível em casa, não jogar lixo pela janela, não desmatar e essas coisas que todos estamos cansado de ouvir em campanhas do Lixo Zero, em cartazes, em palestras de educação ambiental, mas que poucos escutam e agem de verdade. Qual realidade estaríamos vivendo?

Sabe o que significa “me subiu o sangue”? pois é, esta expressão traduz o que senti ao passar por alguns quiosques de lanches durante um evento e ao perguntar se tinham lixo orgânico para me ceder por que eu queria alimentar a “Vaquinha Feliz” (meu biodigestor @homebiobas) e a resposta que ouvi na totalidade deles foi: “há não, aqui não separamos o lixo, não dá tempo, é muito movimento”. “Aqui a prefeitura não tem coleta seletiva, vai tudo misturado”. Ou seja, desculpas tem aos montes para não fazer o que tem que ser feito!

Isso também acontece com as pessoas e empresas que desmatam, que jogam resíduos industriais no solo, que não fazem tratamento do esgoto seja por falta de recursos para obras ou por falta de conhecimento de métodos, equipamentos, tecnologias ou sistemas muitos deles até de baixo custo. Assim a lista dos chamados “crimes ambientais” é extensa.

Pois então, já que é esta a realidade, mais e mais casos são notificados, multados e precisam de alguma forma reparar os danos, existe legislação específica, ou seja, a legislação ambiental que consiste em leis, decretos e resoluções que visam o estabelecimento de regras para o funcionamento de empresas e também a conduta do cidadão em relação ao meio ambiente. Estes dispositivos legais ainda definem atos de infrações e punições em caso de não cumprimento das leis.

O que nos interessa conhecer mais neste momento é a tal da Compensação Ambiental, instrumento, um mecanismo financeiro que visa equilibrar os prejuízos ao meio ambiente causados por empreendedores de significativo impacto ambiental, pois se apresenta como uma oportunidade de aplicar, experimentar e avaliar novas soluções que podem beneficiar, em escala, grande número de pessoas e entidades sociais carentes de recursos.

Foi por isso que convidei o Dr. Luiz Carlos Aceti Jr. para falar sobre projetos ambientais alternativos: compensação, educação ambiental e tecnologias disruptivas a fim de ampliar nossa perspectiva de atuação nesta área, bem como alertar municípios pequenos da importância de estar habilitado para receber tais recursos, bem como investir na formação de profissionais que se dediquem ao desenvolvimento de projetos.

Nossa Live será transmitida pelo canal do Youtube do Verdes Hábitos e pelo Facebook no dia 26/5, quinta-feira, a partir das 9h. O “Conversas de Quinta” ficará gravada para você poder assistir e anotar as valiosas informações que serão repassadas.

 

Mas quem é Luiz Carlos Aceti Jr.? Conheça um pouquinho mais o meu convidado:

Aceti Jr. é advogado e Professor de Pós-graduação, especializado em Direito Empresarial Ambiental, Direito Agrário Ambiental, Meio ambiente do Trabalho e Direito Minerário. Pós-graduado em direito de empresa. Mestrado em Direito Internacional com ênfase em Meio Ambiente e Direitos Humanos. Doutorando em Direito.

Tem mais de 29 anos de experiência profissional na advocacia ambiental e áreas afins, 21 anos como professor de pós-graduação em direito ambiental. Professor da Comissão da OAB/SP de cursos e eventos, nas áreas de minha especialidade. Coordenador do GT Jurídico da Abraps – www.abraps.org.br. Consultor do Mercado Ambiental – www.mercadoambiental.com.br. Consultor da Mosai&CO – www.mosaieco.com.br. Sócio da ACDP Consultoria – www.acdp.com.br. Membro da Comissão Permanente de Meio Ambiente da OAB/SP. Para seguir e fazer contato, acesse as redes sociais: Twitter: acetiadvocacia, Linkedin: acetiadvocacia, Facebook: acetiadvocacia, Instagram: acetiadvocacia.

 

Gostaria de saber se você já conhece este tema e qual a tua opinião. Escreve para mim nos comentários ;o))

Também quero que me ajude a construir a pauta desta conserva. Alguma pergunta de seu interesse?

 

Verdes Hábitos são conquistas diárias e abrangem todas as áreas de nossa vida desde os cuidados conosco, bem como os cuidados com a natureza.

 

Compartilhar:

WhatsApp
Facebook
Twitter
LinkedIn
Últimas notícias

Artigos relacionados

Só fruta e nada mais!

Está tudo lá. Na natureza e não no supermercado.   dicionário encontramos o conceito de supermercado “como sendo um grande comércio tradicional de alimentos, com

plugins premium WordPress