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Farinha Vegetal Folha de Capuchinha – 30g

R$ 8,00

Descrição

Farinha Vegetal Folha de Capuchinha, 100% Orgânica.

Capuchinha (Tropaeolum majus L). As folhas jovens têm aroma e sabor similar ao agrião e à rúcula e podem ser usadas em saldas cruas, salteadas, para massas verdes, patês, panquecas, pizzas, pães, cozidas com carnes, para sopas, molhos, chuarutinhos, risotos, sanduíches. Podem ser amarelas, vermelhas ou laranjas e são bastante nutritivas. O sabor remete ao agrião e suas folhas também são comestíveis.
Cada pétala e cada folha oferecem pitadas de carboidratos, lipídeos e proteínas. Até aí, são pitadinhas mesmo e qualquer coisa que eu declare sobre a presença desses nutrientes seria temperada pelo exagero. Chama bem mais a atenção a quantidade considerável de micronutrientes. Vamos lá: um bocado de vitamina C, fósforo, potássio, magnésio, cobre e zinco, principalmente. Isso sem contar carotenoides, que se convertem em vitamina A no organismo, e um tantão de substâncias bioativas, que têm papel antioxidante. Eu me refiro a terpenoides, flavonoides e outros “oides”, se quer engolir, junto com sua porção de capuchinha, uns nominhos difíceis.

O que lamento é que, quando a capuchinha vem à mesa, o que já é raro, em geral nós mastigamos suas pétalas, que estavam ali colorindo a preparação. Mas quem aí já provou as folhas da capuchinha? Pois as folhas é que guardam as maiores riquezas, até mesmo do ponto de vista nutricional. Para ter ideia, em 100 gramas delas, você supriria com folga 100 por cento de sua necessidade diária de zinco, mineral que dá uma força extraordinária ao sistema imunológico. Ok, a própria Michelle concorda que, na prática, seria difícil chegar lá: em um prato cheio salada você teria apenas uns 20 gramas de folhas de capuchinha, porque são leves feito plumas. Mas já seriam 20% do zinco nosso de todo dia, isso não seria bom?

No entanto, o que vale nota — aliás, vale este post — são os óleos essenciais e aí vale destacar os tais glicosinalatos (mais um nominho daqueles para quem tem apetite por palavras complicadas como só a ciência sabe servir!). In vitro, isto é, nos vidrinhos de laboratório, os tais glicosinalatos formam uma série de outras substâncias capazes de atacar sem dó nem piedade vírus, bactérias e protozoários. E, como esses compostos são eliminados pela respiração e pela urina, é possível —hipótese de Michelle Barone deixou no ar durante sua aula —que eliminem esses micróbios pelo trajeto de saída, diminuindo o risco de infecções nas vias aéreas e no trato urinário.

De novo em vidrinhos e em algumas experiências com camundongos, os mesmos glicosinalatos revelaram que podem, de quebra, levar células malignas a uma espécie de suicídio, que os médicos chamam de apoptose. Isso já foi observado em células de câncer de ovário, pulmão e cólon.

Acho justo questionar: o que acontece em tubos de ensaio e em bicho de laboratório nem sempre se repete com a gente no dia a dia. Alías, um questionamento que você sempre deve fazer, caro leitor. Michelle reconhece: “Sim, precisamos de mais estudos”. Mas aponta trabalhos provando que os glicosinalatos da capuchinha são muito bem absorvidos pelo organismo humano.

Uma vez que as folhas ou os fitoterápicos à base delas são ingeridos, os seus famosos compostos são encontrados tanto no plasma sanguíneo quanto na urina. Já é uma ótima notícia, porque, em casos assim, outro complicador é o conceito de biodisponibilidade: não adianta dizer que um alimento é rico nisso ou naquilo, se o que está ali não cai pra valer na correnteza do sangue durante a digestão. Então, tudo não passaria de promessa vã.

Ainda em animais — ao menos, por enquanto —, a capuchinha está sendo muito investigada em uma série de doenças. Os resultados mais espantosos se revelam na hipertensão. Além de diurética, o que já ajuda a diminuir o sufoco das artérias reduzindo o volume do sangue, as folhinhas (sim, as folhas!) favorecem a liberação de óxido nítrico, substância que relaxa os vasos, ao mesmo tempo em que ajudam a inibir, no corpo, a síntese de uma molécula que, como o nome indica, faz o inverso: a angiotensina.

Nas experiências para avaliar seu efeito na hipertensão, a capuchinha é aplicada na forma de extratos, pós e até de infusão. Aliás, com a devida indicação, a infusão feita com um punhado das folhas poderia ser bebericada três vezes ao dia, sendo contra-recomendada para grávidas, crianças, pessoas com problemas renais e hipoteireoidismo. Mas não vale tanto a pena preparar a bebida em casa: “A planta, processada de qualquer forma — em chás ou tinturas, por exemplo —, tem menos propriedades que as folhas cruas”, explica Michelle Barone.

Portanto, se espera qualquer vantagem, vá mesmo de salada. Só que, pelo jeito, para degustá-la, será mais fácil plantar uma capuchinha em casa. Ou pedir, delicadamente, para podar a do vizinho.
Fontes: https://www.embrapa.br/;
Plantas Comestíveis Não Convencionais, Kinupp, Valdely Ferreira.
Blog da Lúcia Helena.

Informação adicional

Peso 0,030 kg
Dimensões 2 × 10 × 15 cm

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